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Resenha – Arma de vingança




“Acabei com tudo/ Escapei com vida/ Tive as roupas e os sonhos/ Rasgados na minha saída.../ Mas saí ferida/ Sufocando meu gemido/ Fui o alvo perfeito/ Muitas vezes/ No peito atingida.../ Animal arisco/ Domesticado esquece o risco/ Me deixei enganar/ E até me levar por você.../ Eu sei!/ Quanta tristeza eu tive/ Mas mesmo assim se vive/ Morrendo aos poucos por amor/ Eu sei!/ O coração perdoa/ Mas não esquece à toa/ E eu não me esqueci.../ Não vou mudar/ Esse caso não tem solução/ Sou Fera Ferida/ No corpo, na alma/E no coração.”

Eis a resenha mais inusitada da minha vida. Não consegui encontrar outra forma para falar desta obra: Arma de Vingança, Danilo Barbosa, Literata, 205 páginas, que faz referência a um filme que amor de amor e paixão: e o vento levou #morri além de estar com a música na minha mente e ouvidos desde que iniciei a leitura, que assistir E o vento levou e como uma grávida, imagino esse livro nos cinemas.  Eu sou ansiosa, Danilo Barbosa! 

Como uma deusa cruel e vingativa, destruirei todos que estiverem em meu caminho... O que você seria capaz de fazer por vingança? Suportaria uma vida cercada de mentiras, traições, dores, crime e morte? Ana sobreviveu. Pagou o seu preço com marcas que o tempo nunca será capaz de apagar. Deixou para trás toda a inocência de criança para dar lugar a uma mulher fria e calculista, disposta a ser a perfeita arma de execução contra aqueles que tentaram destruí-la. Para conseguir os seus objetivos, não terá limites: irá mentir, enganar, seduzir e trair... Sem remorsos ou pena daquele que um dia julgou amar. Prepare-se para ouvir a história de Ana. Caminhe na tênue linha entre a paixão e a obsessão e veja como até os príncipes encantados tem o seu lado sombrio. Afinal, esta não é uma história de amor.

Ana é uma pessoa, que como outras, deseja ser feliz. A felicidade está condicionada, em primeira instancia, a elementos internos e depois, acontecimentos externos. No caso de Ana, que conservava a doçura e inocência comum daqueles que amam a vida. É justamente isso que a faz suportar todas as privações e desmandos nas mãos de pessoas que vão passando pela sua vida e deixando marcar, cicatrizes profundas: na pele e na alma. 

A grande questão é que nem sempre, podemos ser passivos a tudo que nos acontece, a todos os desmandos que terceiros nos fazem. E Ana aprendeu isso da forma mais cruel: humilhada, violentada com requintes de crueldade, roubada de sua própria inocência. As marcas que agora ultrapassavam a alma e se aglomerava no corpo, foi o estopim para transformar sua própria matéria em arma de vingança. 

Ana vestiu a roupagem das Medeias que habitam as almas femininas para confrontar cada um de seus agressores. Como um mar revolto, usou aquilo que os agressores chamavam de sua fraqueza: a doçura; e os atraiu em uma teia meticulosa de vingança. É tudo muito complexo, muitas dúvidas e queixas vão surgindo durante a leitura, mas numa coisa todos concordam: essa mulher tem o direito à vingança. 

E como a natureza em fúria, aquela mulher sai devastando até conseguir o que almeja. Não é fraqueza ser generosa; não é fraqueza ser humilde; não é fraqueza ser honesta, pura, inocente. Mas quando os medíocres se deparam com tudo o que eles queriam ser e não conseguem, atacam como bichos na tentativa de apagarem sua estupidez e falta de coragem para manobrar os próprios medos. 

Os agressores de Ana eram medíocres; mas Ana não está na ficção, está em muitas mulheres que estão presas nas mãos dos medíocres e fracos, pervertidos. E os que as mantêm vivas é justamente a bondade que alimenta seus desejos de viver e sua coragem. Algumas pessoas, infelizmente, adquirem a autorização de se vingar, Ana foi uma delas. 

Falar instintivamente do quanto o livro mexeu comigo é complexo, pois todas as mulheres têm uma Ana querendo se manifestar. É tudo muito visceral e que vai fazendo efeito de maneira homeopática, se não tivermos cuidado, nos colocamos como um furação devastador diante das pessoas. Arma de vingança é um excelente  livro, mas não é para qualquer um.  Acho que falei demais, espero que não. Preciso dizer que gostei? 

A leitura é rápida, mas os efeitos são fortes, como uma ressaca! 

3 comentários:

  1. Essa resenha me surpreendeu muito, uma capa incrivel e a historia parece ser recheada de coisas incriveis
    Capa linda tambem

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  2. Gostei da capa e da resenha!! Bom trabalho Lilian!!!

    Bjs

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  3. Tenho me interessado a pouco por livros fortes. Talvez porque ainda não estivesse pronta para lê-los e principalmente, entendê-los. Mas isso está mudando e sua resenha me trouxe aquela vontade das grandes de conhecer essa obra.
    Quando isso acontece, só nos resta dizer que ela passou seu objetivo maior.
    Parabéns pela resenha Lilian e parabéns ao autor pela obra.
    Beijos!!!!

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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