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As mãos e os frutos / Eugenio de Andrade

 



IV

Somos como árvores

só quando o desejo é morto.

Só então nos lembramos

que dezembro traz em si a primavera.

Só então, belos e despidos,

ficamos longamente à sua espera.

 

(Eugenio de Andrade, As mãos e os frutos, in poesia. Fundação Eugenio de Andrade. 2000)


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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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