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Resenha - Tudo que é sólido pode derreter

Título: Tudo que é sólido pode derreter
Autor: Rafael Gomes
Editora: Leya
Ano: 2011
Páginas: 458

Quem  ainda não passou por aquela fase em que precisamos encarar o estudo da literatura e principalmente dos clássicos? Thereza, a protagonista do livro não é muito diferente de uma adolescente comum a não ser por sua paixão por literatura. A personagem é um retrato fiel aos alunos que acham chato acordar cedo, ir para a escola e afins.

“Acordar cedo. Para o meu primeiro dia de aula no primeiro dia do ensino médio. Quando o despertador tocou, eu queria que ele explodisse por estar oficialmente encerrando minhas férias, por me forçar a levantar junto com o sol e por me fazer pegar o ônibus e ir para a escola da qual eu até gosto, mas que sinceramente não é mais legal que o meu quarto, os meus livros e a ausência de obrigação.”

Como podemos esperar, a narrativa é recheada de conflitos adolescentes, com uma abordagem muito verdadeira. Paixões, amizades, família, tudo parece um turbilhão de coisas a empreender esforço para uma vida social aceitável. A surpresa se dá quando nos é apresentado a forma como Thereza enfrenta esses conflitos. Os livros refletem em sua personalidade, transformando seu crescimento em algo vezes mágicos, vezes terrivelmente triste. Quem nunca foi marcado por uma história e a carrega até hoje em suas lembranças?
Essa talvez seja a principal mensagem que o autor, Rafael Gomes, tenta passar com os passos de sua personagem.

E não é só isso. Se já bastasse uma narrativa muito leve de se ler, o autor faz uma analogia de clássicos da literatura brasileira em cada capítulo. Thereza convive com eles em suas obrigações com as aulas de literatura e muito além dos muros da escola, torna-os parte de seu próprio convívio. Com certeza após a leitura você vai correr até a biblioteca e pegar Machado de Assis, Gil Vicente, José de Alencar, Fernando Pessoa... e levar para casa.

“Tudo que é sólido pode derreter” é uma adaptação da série de mesmo nome exibida na TV Cultura e dirigida por Rafael Gomes.

Sobre o autor:

Rafael gomes é cineasta de formação e já dirigiu curtas-metragens premiados e exibidos em grandes festivais nacionais e internacionais. Autor, dramaturgo e também criador do projeto virtual Música de Bolso, agora investe no teatro e na literatura. Entre seus trabalhos, destacam os curtas, Alice e Relicário, além da série de TV Tudo que é sólido pode derreter.

Avaliação final: 5 estrelas

R.S.Merces

7 comentários:

  1. Eu estou louca de vontade de conhecer este livro. Adorei a resenha e agora quero ler mesmo!
    Parabéns Renam!

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  2. Nunca vi esse programa na cultura...
    Vou procurar o horário!

    O tema é bem legal!
    Não conheço ninguém que tenha paixão pelos clássicos brasileiros...

    Eu mesma, nunca li nenhum até o final... #QUEVERGONHA

    Agora que tenhoblog conheci vários autores nacionais, mas que escrevem romances, terror, fantasia, etc...

    Vou ver se encontro algum desses autores que vc indicou na resenha e ler.

    Aaaah e este vai para minha listinha!!!

    Bju Bju

    @AnnyPlata

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  3. Parabéns, Renan, pela resenha! O livro parece ser bem interessante. Acho uma excelente opção de leitura para o meu filho que está no Ensino Médio, às voltas com esses conflitos todos, com certeza...

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  4. Confesso que fiquei surpreso com o talento do brasileiro, que eu não conhecia.

    É uma boa leitura. Foi isto que pude concluir com a sua resenha.
    \o

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  5. Olá, sua resenha ficou bem legal e a temática do livro é bem interessante! Bjus
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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  6. Oiii
    Que interessante a proposta do livro, me interessei por essas analogias que o autor faz com os clássicos "chatinhos' que temos que ler na escola. Bom, eu leria o livro, mas não está nos meus planos ir na biblioteca e retirar Machado pra ler..Não faz muito meu estilo, apesar de já ter lido por livre e espontânea obrigação né..

    Beijoss

    TeLa
    Penseira Literária

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  7. Que bacana! Não conhecia esse livro! Achei bem legal, quero ler, aliás, adorei a resenha ;)
    Super beijo!

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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