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Resenha - O Pântano das Borboletas, de Federico Axat.



Apresentando uma boa dose de mistério, e alguns momentos de tensão, O Pântano das Borboletas, de Federico Axat, 416 páginas, Editora Tordesilhas, lembra aqueles filmes da “Sessão da Tarde” que fizeram parte da infância das crianças dos anos 80 e 90, como os Goonies, Conta comigo e outros, que enfatizam a amizade, a aventura e a transição da infância à vida adulta.
Sam Jackson, de 12 anos, perdeu a mãe em um acidente de carro, quando ainda era bebê. O corpo de Christina Jackson desaparece misteriosamente, e a polícia da pequena Carnival Falls, uma cidadezinha de cerca de 20.000 habitantes, aficionada por alienígenas, dá o caso por encerrado, considerando que o corpo da enfermeira se projetou para fora do carro e se perdeu no rio próximo à estrada.
A criança é acolhida pelos amorosos, porém rígidos, Amanda e Randy Carroll em sua Granja, juntamente com outras treze crianças. Algumas destas, Sam considera como seus grandes amigos, outros como ferrenhos inimigos – como o brutamonte Orson, que deixa a dúvida no ar: seria ele apenas um grandalhão bruto e desajeitado, ou um sujeito realmente mal e dissimulado?
A vida de Sam não é fácil, mas a amizade de Billy Pompeo – um garoto engenhoso e criativo- oferece a Sam alguns momentos de refresco. Assim como o tempo que passa na casa dos idosos Collette e Joseph Meyer, que Sam considera como avós, ajudando a cuidar do advogado aposentado, que sofre de Alzheimer.
Com a chegada da linda e rica Miranda Matheson, Sam e Billy descobrem a paixão, mas também mistérios e aventuras muito maiores do que poderiam imaginar, e não serão apenas mistérios de criança no Pântano das Borboletas, onde o grupo se reúne. Cativante e inteligente, a menina eleva a amizade dos três a um status de Irmandade, selando com geleia o compromisso de estarem sempre prontos a defender um ao outro.
O livro, ambientado em 1985, tem uma rápida passagem de tempo, para 2010, quando Sam – já com mais de 30 anos e com uma carreira bem sucedida – retorna a Carnival Falls e se reencontra com os amigos de infância, relembrando as aventuras vividas e encerrando alguns mistérios pendentes.
Ambientada numa cidade onde os habitantes – principalmente o estudioso Phillip Banks – são fissurados por alienígenas, a trama surpreende por se manter focada na realidade e pela maturidade das crianças, que optam por serem racionais, mesmo nos momentos fantásticos, onde as explicações só poderiam ser místicas.
Leve e fácil, O Pântano das Borboletas é uma literatura agradável, e se você tem mais de 25 anos, certamente lhe trará recordações da sua infância – se não de aventuras que viveu, ao menos de filmes que assistiu. A escrita de Federico Axat nos prepara, ao final, uma delicada surpresa. Um pequeno e precioso detalhe, mas que ao ser descoberto, torna a história mais interessante, e também mais complicada.

Ótima leitura para os “Envelhescentes” ( 0/ ó eu aqui) que estão no meio de suas crises dos 20 e poucos (ou mais). Lembranças boas e até um chorinho básico te esperam nesta suave história de aventura, amizade e desenvolvimento. Doce e amarga, como a vida sempre é. 


34 comentários:

  1. livros que nos levam a nossa infancia sao sempre bons! adorei a resenha

    http://www.jacknuit.com.br/

    estou te seguindo ^^

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    1. São mesmo, Jackeline! Obrigada por seguir. Beijinhos.

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  2. Como sempre suas resenhas me tiram o fôlego, adoro sua maneira de descrever
    os livros, eu adorei essa resenha, adoro livros que tem uma passagem de tempo e que
    conta histórias de crianças passando por fases maravilhosas como a descoberta do amor,
    fiquei morrendo de vontade de ler.
    beijos e sucesso

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    1. Josi, que bom ler este tipo de coisa. Me esforço muito nas minhas resenhas, é tanta bolota de papel jogada pelo chão, que você nem imagina. Huahahauhauhauha. (Sim, eu ainda escrevo as coisas em papel)

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  3. Estar em crise na casa dos 20 é tenso, haha.
    A história parece interessante, bem no estilo que você disse de "sessão da tarde" haha.
    Um beijo.

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    1. Mari, você obviamente ainda não chegou na crise dos twenty something. Você vai ver, o barato é louco e o processo é lento! Huahauhauha.
      Sim, eu me senti assistindo um filme com pipoca na sessão da tarde. Bem simples e gostoso.

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  4. Oi, Amanda.

    Já li resenhas desse livro e ele não atraiu minha atenção. Acho interessante isso de mostrar passado e presente nas narrativas. Por mais que veja vários elogios. Já passei dos meus 20 e poucos anos... Mas não pretendo fazer essa leitura no momento.

    Beijos.
    Visite: Paradise Books BR

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    1. Paula, eu entendo. Tem livro que não é pra gente mesmo. Beijos.

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  5. OOi! Eu não gostei muito da capa não e a história não é nenhum pouco meu tipo. Mas eu to dando uma chance pra outros generos. To precisando de leituras leves e você citou que ele é gostoso de ler.
    beijos
    cheireiumlivro.blogspot.com.br

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    1. Luana, é bem levinha sim. Eu também não sou muito adepta destas histórias, mas acabei curtindo. Beijos.

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  6. taí, eu vi na AVON e fiquei 'compro ou não compro? eis a questão.'
    Graças a tu, vou comprar :P

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    1. AAAAAAHHHH que responsa! Tomara que você curta, Val. Beijos.

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  7. Olá
    Poxa, nunca tinha ouvido falar no livro mas estou extremamente curiosa pela leitura, muito atraente já que adoro esse gênero e livros assim, sua resenha me deixou ainda mais curiosa, adorei, a capa é muito legal, menino fofo hahaha

    http://realityofbooks.blogspot.com.br/
    Catharina
    Beijos

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    1. Que legal Catharina. Espero que você leia e goste muito. Beijos.

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  8. Oii, tudo bem?
    Eu amava esses filmes da sessão da tarde sobre amizade e tudo mais e acredito que com esse livro não seria diferente. gostei muita da premissa dele.
    Bjs

    A. Libri

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    1. Angélica, se você curtia esses filmes vai fundo, pq esta leitura é como estar dentro de um filme desses. Beijos.

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  9. Você acredita que eu achava que esta livro tinha um quê mais de policial? Quando você citou sessão da tarde quase cai para trás!
    Bjs, Rose.
    Fábrica dos Convites

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    1. Rose, tem um quê de policial, mas daqueles onde as crianças resolvem mistérios, à la Sessão da Tarde, entendeu? Rsrsrsrrsrs. Beijos.

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  10. Sua resenha me lembrou muito aquelas notícias de novos filmes na imprensa sabe? Com um ar mais crítico porém sofisticado. Adorei.
    E foi muito fofo e inocente como as crianças selaram a irmandade com geleia, isso mostra a sinceridade delas quanto a se protegerem rs
    Beijos

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    1. Puxa, obrigada pelo crítico e sofisticado. Rsrsrsr. Essa parte foi muito fofa mesmo. É bonitinho ver como eles são inteligentes e críticos para a idade, mas ainda assim inocentes.

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  11. Oiiii!!
    Gente *O*
    Como não conheço esse livro? hihi
    Infelizmente eu não sou da geração que conseguiu pegar os melhores tempos da Sessão da tarde, no entanto, eu sempre assisto um filme típico "sessão da tarde"
    Adoro esses livros com uma escrita mais leve, afinal eu leio muitos clássicos e é bom da uma variada as vezes hihi
    Amei, de verdade!
    Vou procurar agora mesmo \o
    Um beijo!

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    1. Ah, que legal que mesmo tendo perdido os "bons" tempos você ainda curte esse tipo de coisa. Espero que ache o livro e goste muito da leitura. Beijinhos.

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  12. Oie, Amanda!
    O livro parece ser muito amorzinho, realmente bem parecido com aqueles que até eu, que tenho 19 anos, consegui assistir na Sessão da Tarde. Peguei a época em que esses filmes estavam parando de passar para dar lugar aos da Xuxa e Didi hahah amei demais sua resenha. Quero muito ler o livro!
    Com carinho,
    Celly.

    Me Livrando ❤

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    1. Huahuahauhau. Celly! Vc é da intersecção. Ainda pegou as coisas boas no finzinho.Espero que você leia e se sinta de volta no tempo em que as coisas eram legais. Hauhauhauha. Beijos.

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  13. Oi, tudo bem?
    Eu não conhecia o livro, mas também não me atraiu muito, talvez porque nunca gostei de filmes tipo Os Goonies, e quanto você fez a comparação, já li a resenha pensando nele, kkkkk
    beijos
    meumundinhoficticio.blogspot.com.br

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    1. Huahuahauahu. Faz parte. Eu também não curto muita coisa, sou chatona com livros. Hauhauhah. Beijinho.

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  14. Rindo muitoo dos envelhescentes kkkkkk!
    Olhando a capa achei q era um livro de terror!
    A história parece ser lega, tem um bom enredo!
    n consegui m interessar a ponto de querer ler, mas gostaria de uma nostalgia boa destas da sessão da tarde hahahah! Bons Tempos!
    Bjos!
    Aline Praça
    www.leituravipblog.com

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    1. Menina, não ri que é triste! Cada ruguinha, cada cabelo branco... O HORROR! O HORROR! Hauhauhauha. Ótimos tempos, Aline.

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  15. Oie, tudo bom?
    Realmente a premissa do livro lembra alguns filmes que eu assistia na sessão da tarde. Tem um pouco de saudosismo, aventura e amizade. Não conhecia, mas faria a leitura porque achei a proposta bem interessante.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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    1. Aline, eu queria lembrar o filme exatinho que esse livro me lembrou, mas a memória de tya não ajuda, cacei no Google e ele também não achou nada. Será que delirei? HAUHAUHAUHA

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  16. Oie Amanda eu gosto muito destas histórias onde os personagens retomam algum ponto de suas vidas para resolver assuntos ou mesmo em busca de uma felicidade distante no passado..A verdade creio que em algum momento também temos esta vontade, eu particularmente já tive, como se algo de mim estivesse parado la atras me esperando . bjss querida amei a resenha.
    http://florroxapoemasepoesias.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada Lunna. Olha, eu não tenho esse sentimento, que estranho. Tem tanta coisa na minha vida pendente e não ter essa sensação de precisar voltar. Encafifei. Huahauhau

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  17. Acabei de ler e confesso que ainda nan sei o que pensar do final. O caminho levava a outro tipo de final, mas o final do livro me deixou embasbacada, li várias vezes para ter certeza que era aquilo mesmo.

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  18. Olá :) Já faz um tempinho (talvez uns 5 anos, sei lá rs) que li esse livro. Às vezes, ainda me pego pensando se realmente entendi o final.

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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