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Resenha – A sombra por trás da queda





“Não espere pelo juízo final.
Ele se realiza todos os dias.”

A Queda, de Albert Camus, 110 páginas, Grupo Editorial Record, lançado originalmente em 1956, é um monólogo que se mescla a outros elementos, a exemplo do teatro, como forma de questionamento crítico e moral de uma linguagem e pensamento engessados. Na época em que Camus escreveu e publicou, estava vivenciando o sabor amargo de críticas cruéis ao ensaio O Homem Revoltado (1951), o que culmina, por parte dos estudiosos, com a ideia de ser este monólogo a possibilidade de o leitor entrar em contato com a solidão, desventuras e injustas críticas vivenciadas pelo autor.

“Ser senhor de seu próprio estado de espírito é privilégio dos grandes animais.”

A angustiante Queda começa na informal conversa de bar, Mexico-City, Amesterdão, em que apensas a voz do personagem central, Jean-Baptiste, é ouvida ao narrar ao interlocutor sua vida.

Mas permita que me apresente: Jean-Baptiste Clemence, seu criado. É um prazer conhecê-lo. Sem dúvida, deve ser um homem de negócio, não é? Mais ou menos? Excelente resposta.”

Rememorando o passado, Clemente situa o leitor em dois fatos importantes, o dia em que um riso sobre o Pont des Arts o inquietou e ao ter ouvido a cair da ponte uma mulher, nas águas do Sena. Estes dois fatos: o escárnio e a queda mudaram radicalmente sua vida. Questionando valores, verdades já enraizadas, ‘ridicularizando’ o homem moderno pós-guerra, “Uma só frase lhe bastará para definir o homem moderno: fornicava e lia jornais”.


Camus é sucinto e direto, são apenas 110 páginas que inquietam e confundem o leitor. Causando dúvidas entre o bem e o mal, confrontando velhas verdades com o ‘absurdo’ que habita na sombra da essência humana, “Mas a verdade, caro amigo, assusta”.

15 comentários:

  1. Olá! Nessas horas, quando vejo esse tipo de livro, eu me acho tão simplória e até fútil, pois acho esse livro tão culto e ele não me chama atenção. Passo a dica por conta disso, mesmo sentindo uma leve vontade de querer me interessar kkk Ainda não consegui. Mas gostei muito de sua resenha! Abraços

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  2. Achei um dica excelente, não leria por agora, mas fiquei interessada na leitura. Fico receosa apenas se o livro seria uma leitura um pouco mais lenta, mas isso não me impediria de ler e, tento a oportunidade, pretendo ler sim.

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  3. Oi Lilian, achei um livro bem complexo e devido a gostar de livros mais atuais, não me interessei muito nesta leitura, mas adorei conhecê-la.
    Bjos
    Vivi
    http://duaslivreiras.blogspot.com.br/

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  4. Olá! É tão bom vir aqui é ver resenhas de livros que me tirariam da zona de conforto e ainda por cima me proporcionaria reflexões! Gostei muito do que você trouxe aqui, não só sua opinião mas falando sobre o autor e a fase da vida que eles estava vivendo quando o livro foi publicado.. É uma ótima dica para quem quer se aventurar em textos mais cultos!

    Beijos,
    Conta-se um Livro

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  5. Oi, tudo bem?
    Me recomendaram esse livro, mas na época não senti interesse.
    Não que esse desejo tenha mudado ahahaha, mas admito ser uma leitura importante. Mesmo que seja só 100 páginas, deve ser bem incomoda mesmo.

    Sai da Minha Lente

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  6. Olá, tudo bem? Confesso que revirando a memória não sei se já li na vida algum monólogo hehehe não tinha ouvido falar do livro, confesso, mas parece ser um de interessante assunto afinal seus temas são bem importantes. Gostei e dica anotada! Quem sabe quando eu queira sair da minha zona de conforto eu o pegue!
    Beijos,
    https://diariasleituras.blogspot.com/

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  7. Eu fiquei tao feliz ao ver esse lançamento! De verdade, Camus é um autor que esta na minha meta de leituras tem um tempinho, principalmente por ter tamanho reconhecimento. Com sua resenha foi bem facil entender os motivos para ele ser tao bem falado.

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  8. Não conhecia o livro, mas me parece ser uma leitura bem complexa que infelizmente não me chama atenção, acho muito cult rsrs. Por outro lado acho válida as dúvidas que a leitura apresenta ao leitor, então quem sabe um dia eu me entregue a algo do tipo.

    Abraços.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com/

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  9. Olá, tudo bem?

    Eu já conhecia esse livro e o autor, não li..mas já tive acesso e li outras resenhas. Confesso que tenho vontade de ler os livros do Camus e esse em especial quero muito ler. Parabéns pela resenha!
    Abraço!

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  10. Uma leitura que pelo visto tira o leitor de sua zona de conforto, levando-o a pensar e questionar.
    Bjos Rose

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  11. Não conhecia a obra e confesso que não é o tipo de leitura que costumo fazer. Acredito que seja um livro rico em informações para quem gosta do gênero, mas vou passar a dica hoje.

    Abraço!

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  12. Olá,
    Ainda não conhecia esse autor, mas fiquei intrigada para compreender como ele faz tanta coisa com o leitor em tão poucas páginas. Acho que vai ser uma leitura muito válida e reflexiva para mim.
    Adorei sua resenha!
    Beijos,
    http://www.umoceanodehistorias.com/

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  13. Oii! Eu não conhecia essa história, mas fiquei bastante curiosa para conferir a escrita do autor. Parece ser uma obra interessante, reflexiva e envolvente. A sua resenha está ótima, obrigada pela dica. Bjss!

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  14. Olá, tudo bem? Eu já li algumas resenhas desse livro por aí, também assisto vários stories no instagram com indicações dessa história. Com isso eu percebo como ele deveria ser lido por várias pessoas no mundo, são histórias como essa que nos fazem pensar mais em como estamos vivendo nossa vida, já estava muito interessada em lê-lo e fiquei ainda mais curiosa depois da sua resenha.
    Parabéns pela indicação, espero que vários outros livros assim, por aqui!

    Beijos e Abraços Vivi
    Resenhas da Viviane

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  15. Oie
    que interessante saber mais sobre a história, é bem inteligente e complexa, não conhecia mas gostei das ideias do autor, vou anotar a dica

    beijos
    http://www.prismaliterario.com.br/

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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