O monumento / Marcos Roberto dos Santos Amaral
Eu tenho este rosto agora
Tão irrequieto, alegre,
Pleno.
E os olhos muito claros
E o lábio doce.
Eu tenho estas mãos com energia,
Dinâmicas, cálidas, vivas,
Eu tenho este coração
Que se manifesta.
E não a mim me interessa o alvo e a
frecha;
Que seja simples, certa ou fácil,
Esta minha face
Que se perca no disfarce.
(O Momento, in A Poesia Para: Outras Poesias, Dentre
Tantas, de Marcos Roberto dos Santos Amaral [2021])
um diálogo com Retrato, de Cecília Meireles?
ResponderExcluirEu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Que lindo. Adoro vir aqui e sempre me deparar com poemas tão profundos, encantadores e enlevantes🌻
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