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Eu me vejo menina / Cristiane Ribeiro da Silva

 



A ALMA

 

Na alma, o cheiro do tempo passado

O sabor da infância deságua no âmago

No mais fundo que esta pode sentir e cheirar

As veias, feito riachos, recebe em cachoeira

E me embebeda nas lembranças mais finas

E bebendo delas eu me vejo menina

Contra o vento, entre as pedras do serrote doce

Os cabelos cor de fogo compete com o findar do sol

Ah! A alma sente e repele, busca a água cristalina do caldeirão

O banhar no tanque velho, algazarreado com inocência dos meninos

As veredas da alma fazem o caminho

Anda sem pressa,

sem selfie clica no passado

Sem arrancar e nem mais plantar nesse chão.

Viaja nas mais tensas necessidades

Perpassa pelo amor

Faz parada nas dores, mas não fica

Segue lembrando

Cada árvore é um motivo pra dizer: a alma sente.

 

 

Sobre a autora:

Cristiane Ribeiro da Silva é natural de Curaçá-BA, professora de educação infantil na rede municipal de Curaçá. Casada, mãe de 3 filhos e avó de duas netas.

Instagram: @cristiane.gimribeiro


Um comentário:

  1. Oi Lilian.

    Ler poemas e poesias estão sendo momentos maravilhosos quando visito seu blog. Assim estou criando hábito de ler poesias e ao mesmo tempo conhecendo autores nacionais independentes. Parabéns pelo projeto de dar oportunidade para eles.

    Bjos
    https://consumidoradehistorias.blogspot.com/

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

Instagram: @poesianaalmabr