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Conviver com a tua inexistência em minha vida / de Carolina Brito

 


DISSO BEM ME LEMBRO

 

Não sei o que te digo

Que conversas com o céu

Que converso com as nuvens

Elas me distraem e te levam

Essas mensagens de amor em silêncio

 

Olho os jardins

E teus olhos tem cheiro de vida

Desconcertantes e inocentes

Quero beijá-los com doçura

 

Daquela que se assemelha

Com a tua fala

Minha alma sorri

Nesse instante

 

Houve um tempo esquecido

E vejo-te agora

Tua presença me parece próxima

Quase familiar...

 

Pudera eu não olvidar

Quero te abraçar

E reviver esse encontro

Se assim o quiseres também

 

Não teria instante mais venturoso

Meu ser se revestiria de flores

Para te receber

 

Meus medos e aflições

Diluiriam pelos poros

No anseio de tua chegada

 

Porque te rever já me trouxe

Um novo brilho

Manhã de azuis transfigurando

Os meus nublados

E disso bem me lembro

 

AINDA SINTO BEM QUERER

 

Quero dizer que ainda sinto bem querer

Isso é broto selvagem

Que cresce de raiz profunda

Não foi nascido ontem

Ou mês passado

 

Vem do horizonte esquecido

Aquecendo a memória

Pelas batidas de um coração

Que desperta e reluz

 

Você me entenderia?

Provavelmente não por inteiro

Mas, algo em ti te diria isso

E, talvez você duvide reticente

 

Talvez seja um desafio louco

Mas que sonho não o seria?

Vejo um riso

Uma coragem incriada

Buscando forças

 

Seríamos nós?

Possível realidade?

 

Que seria se a alma desse espaço ao encontro?

No silêncio do reconhecimento mútuo?

Não sei

Só sinto e suponho o amor

 

CONVIVER COM A TUA INEXISTÊNCIA

 

Conviver com a tua inexistência em minha vida.

Quando não se sabe o que se sente, a falta não é uma dor, só insiste.

Quando o coração sabe a dor da gente, ele ignora transparecer

e se resolve por crescer em outras fontes para não entardecer de frio.

 

O poeta transver a dor de sentir seu peito nu e cheio de amor.

Cheira a dor em flor e transborda ventania em cata-vento,

depois faz canção lampejando água viva.

 

Sozinho sim se revolve e refaz,

o sol não lhe aquece a solitude,

espanta-se e lhe acalora os motivos.

 

Boa vontade é preciso para não anoitecer olhares sem estrelas.


Sobre a autora:

Carolina Brito é natural de Recife- PE. Servidora Pública do TJPE. Ama as expressões artísticas em geral. Estudante de canto lírico e coral, no Conservatório Pernambucano de Música. Participou da Antologia Poética: Poesia Livre 2022, Vivara Editora Nacional.


7 comentários:

  1. o lirismo transmuta as sensações e os poemas acima nos elevam ao doce lugar dessa escrita

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  2. Muito sensível e tocante.

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  3. Muito bem, Carolina, sua romântica! Continue em frente, que, apesar dos paus e pedras no meio do caminho, você chegará lá!

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  4. Muito bem, Carolina, sua romântica!
    Continue em frente, que, apesar dos paus e pedras no caminho, você triunfará.

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  5. Obrigada Mário, amigo querido, simbora fazer uma jangada e remar...rs 😄🌻

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