Desertos / Gil T. Sousa
da
luz
nem
sempre quis a
a
verdade
tenho
agora
vícios
de deserto
e
o coração
pede-me
sombras curtas
não
confio no vento,
esse
pássaro louco
que
despreza a cor
do
alecrim
e
da tâmara madura
estou
cansado
e
assisto de longe
à
traição da primeira hora
já
só escrevo na areia quente
o
frio que não
posso
guardar
mas
danço
como
o orvalho
de
flor em flor
e
agora
qualquer
madrugada me serve
para
despertar
(Gil
T. Sousa)
Sobre o autor:
Gil
T.Sousa (1957) nasceu e reside em Vila Nova de Gaia e é
Licenciado em Comunicação Social pela Escola Superior de Jornalismo do Porto. É
autor do blogue poesia (www.canaldepoesia.blogspot.com) onde publica e divulga
poesia regularmente desde 2004. Tem publicação dispersa em revistas digitais e
impressas de poesia.
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