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Resenha - Choque de Tropicalismo – Cinema e TV


Choque de Tropicalismo - Cinema e TV, escrito por Newton Cannito e publicado pela Editora NVersos, trata-se de uma obra cheia de detalhes e informações importantes acerca do cinema brasileiro. O autor faz comparações entre o cinema internacional e o cinema nacional, criando parâmetros entre as obras consagradas do cinema 'tupiniquim'.

Ele afirma que o Tropicalismo sempre foi político, tanto na defesa da diversidade cultural quando na ocupação do mercado, e inserindo aí a intervenção estética das obras.
Segundo ele, fazer cinema no Brasil é burocrático, requer seriedade demasiada, devido às cobranças dos financiadores, deixando de lado o ludismo da criação, tornando a obra reta, desprovida de espontaneidade. Consequentemente, aumentando a distância da obra para o público.
O livro reúne uma série de artigos e reflexões compiladas em pouco mais de 200 páginas. Cannito visa provocar o debate com suas afirmações, despertando a formação de opiniões e incitando o pensamento crítico. 
Nomes importante do cinema brasileiro são citados, entre eles Glauber Rocha. Várias obras são analisadas, incluindo alguns roteiros produzidos pelo próprio Cannito. 
"O cinema brasileiro teve apenas o tropicalismo negro de Glauber em Terra em Transe (1967) e da terceira fase do Cinema Novo que, na música, encontraria equivalência na obra do grande Torquato. Mas não tivemos o tropicalismo lúdico que dialoga alegremente com as formas dominantes."

Na primeira parte de Choque de Tropicalismo, o autor aborda questões como a fantasia que anda em falta no cinema brasileiro, a questão de gênero que deveria ser mais atuante no cenário e o retorno da erotização nas telas brasileiras. Traz um capítulo falando sobre o sucesso de Tropa de Elite como sendo um filme político intelectualizado. 
"Tropa de Elite e Tropa de Elite 2 são filmes que fazem o meio de campo entre as duas gerações. São técnica e artisticamente impecáveis, mas mantêm as pretensões de explicar o país e o fazem sem medo de ser didáticos."
Na segunda parte do livro, a abordagem pende para a inovação audiovisual como paradigma para um novo modelo de desenvolvimento do cinema. Discorre sobre o cinema de egos, modelo de criação e como funciona o financiamento audiovisual. O terceiro capítulo é sobre a prática de se fazer cinema. Nessa parte final, algumas séries em que houve participação do autor são 'destrinchadas' e possuem spoilers, então recomendo ao leitor que - se tiver interesse em assistir 9mm ou Bróder, pulem esse trecho da obra... O mesmo para os que pretendem ver Quanto vale ou é por quilo?

Em minha opinião, nessa parte a leitura vai se tornando um pouco cansativa, talvez por não compreender bem os termos citados, mas para os não-leigos a linguagem é simplificada. Em todo o livro a linguagem é simples e sucinta, apenas no trecho final quando ele fala nessas produções do parágrafo anterior é que me senti 'perdida'. Ademais, o livro é uma leitura importante para quem deseja adentrar no mundo do cinema e tv, além dos estudiosos do campo... 


10 comentários:

  1. Oii, tudo bem?
    Eu não conhecia essa obra e fiquei completamente chocada por saber da sua existência, principalmente porque adoro ler livros assim e sempre quero ter algo assim na minha estante. Muito bem escrita a tua resenha me surpreendeu!
    Beijos guria
    http://segredosliterarios-oficial.blogspot.com.br/

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  2. Oie, não conhecia a obra. Achei ela interessante. Mesmo final do livro sendo mais lento, gostaria de ler.

    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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  3. Oi Maria.
    Ainda não conhecia a obra.
    E para falar a verdade, apesar de amar cinema, acho que não seria uma leitura fácil para mim.
    Ótima resenha.

    beijos
    http://aventurandosenoslivros.blogspot.com.br

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  4. Ola. Nao conhecia o livro e nem.o autor. Gostei do tema do livro, mas ele seria melhor para meu amigo que pretende fazer cinema.

    Beijão da Lari
    brilliantdiamond-bg.blogspot.com.br

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  5. Olá, tudo bem?

    Que interessante, eu amo cinema. Principalmente o nacional. Mas sinto que existe muitas barreiras. Tanto no expectador, quanto para quem está produzindo. Aconteceu algo mês atrás, que me deixou muito triste, pois estava dando dica de filmes nacionais que estão em cartaz e uma pessoa falou que não assistia filme nacional, e quando você questiona o porque, é puro preconceito, e vem com aquele discurso que nada aqui presta. Sendo que acho nosso cinema maravilhoso, com autores e diretores sensacionais. O último que vi foi "Que Horas Ela Volta?" E gostei muito. Adorei o texto, e adica de livro, pois não conhecia, mas achei muito interessante como ele aborda o tema. Aliás, amo Tropa de Elite. Haha

    beijos

    http://livrosfilmeseencantos.blogspot.com.br/

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  6. Deve ser muito interessante para os estudantes de cinema. Eu já queria fazer, mas no final escolhi Letras. Uma coisa que você falou e que eu achei muito esclarecedora é sobre o fato das obras brasileiras serem "reta, desprovida de espontaneidade". Isso é bem visível, até para mim que sou leiga no assunto. São poucos os filmes que não são caricatos.

    Beijos!

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  7. Oi, Maria! Tudo bem?

    Uau, que temática interessante! Acho que nunca li algo do tipo. Não sou estudante de Cinema, mas adoro ler coisas sobre e acredito que essa obra seja ideal para isso. Obrigada pela dica! :)

    Beijos,

    Juliana Garcez | Livros e Flores

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  8. Olá Maria, para que gosta da área de cinema o livro parece ser bem legal, no momento eu to meio traumatizada com linguagem audiovisual por causa da minha professora na facul e assim fiquei sem muita curiosidade para lê-lo, mas quem sabe daqui a um tempo eu não fiquei mais curiosa *-*

    Visite "Meu Mundo, Meu Estilo"

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  9. Oi, flor.
    Com certeza, parece ser uma obra ótima para quem curte o gênero e deseja conhecer mais sobre o cinema brasileiro. Mas não me enquadro entre o público leitor... Infelizmente, não atraiu a minha atenção.

    Beijos!
    http://www.myqueenside.blogspot.com

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  10. Parece um livro legal, mas não sou muito desse tipo de leitura. São raras as vezes que leio coisas desse estilo o.o
    www.belapsicose.com

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O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

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