Header Ads

Sou mais feliz assim / Maria Regina

 



POEMA FORÇADO

 

 

Morte, dor, sofrimento

Por que este pensamento?

Sentimento que fere

Momento inoportuno, pensar sobre isso

 

Mamãe morreu, papai está vivo, marido é passado

Conflitos muitos

Experiências muitas

 

Gosto de calor

Enterrei minha dor

Ou quero enterrar, pensar nas alegrias

Nas gostosuras

São muitas

 

Danço, gosto

A sanfonada é boa

O chamego aquece

E o ritmo amolece

 

Sou mais feliz assim.

 

 

MAIS ASSESSORA POR M2

 

profissão difícil

 

do saber muito

e saber nada

 

das poucas amizades

mais do que muitas

 

do mais sigilo

e menos fofoca

 

da pouca compreensão

e muito julgamento

 

onde a recompensa

existe

e é

 

o reconhecimento

 

que vem da ação

de ser

quem somos

 

fantasmas

coordenando um todo

despercebidamente

e habilmente

 

onde o nada

é tudo

e tudo

é sempre

muito

importante

 

e o silêncio

vale ouro

 

 

CARNAVAL

 

 

não tem carnaval

estão sem carnaval

lamentam pelo carnaval

e me sinto

tão

carna

val

mente

ausente e

consciente

até contente por

ter (tanto) vivenciado este

val

carnal

valesco

encontro de alegria

com alegoria

festividade, retumbante

que expande a mente

a partir dos sóis

que explode corações

através dos sons

que vibra com emoções

que encanta foliões

ao ser quem não são

carna

val

mente

esfoliante

evento

tão brasileiro e

festeiro de ser

 

 

 

Sobre a autora:

Maria Regina, conhecida como Ma-Rê, é Gestora Administrativa em pleno momento sabático, na Praia do Preá, CE, após 12 anos como Assessora Executiva do Presidente da TECNISA.  Em 2015, na faculdade, escreveu um poema sobre morte e foi o início de um lento despertar.  Paulistana, 46 anos, separada, sem filhos, um casal que gatos e mente agitada que curte cozinhar, ler e aprendendo costura manual em couro. 

Redes sociais: @maretampieri


7 comentários:

  1. Achei interessante o jogo de palavras dela nesse poema sobre o carnaval. Nós, pernambucano, orfaos desse evento por causa da pandemia, certamente Nos identificamos com os versos de ausencia da folia..
    Parabéns a poeta por seu trabalho 👏👏👏

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. muito obrigada, maria valeria :) escrevi no primeiro ano sem carnaval dado pandemia

      Excluir
    2. oi maria valéria, mto obrigada :) escrevi ano passado qdo meus colegas de bloco lamentavam não irmos pra rua. abraço!

      Excluir
    3. Oi Maria Valéria, obrigada :) escrevi ano passado quando meus colegas de bloco lamentavam não irmos pra rua, siga minha página se quiser conhecer outros @maretampieri, um abraço!

      Excluir
  2. Respostas
    1. Oi Cibele, muito obrigada! Siga minha página se quiser conhecer mais @maretampieri. Um beijo!

      Excluir
  3. Olá, Ma-Rê e Poesia na Alma. Palavras fortes, profundas, cortantes e necessárias, sentimentos desses anos de pandemia na saúde e de caos no país. Além da beleza das palavras, chamou a minha atenção a distribuição dos versos, principalmente do Carnaval. Não sei se foi de forma consciente ou (ainda mais forte) inconsciente enxerguei árvores escondidas no texto e árvores são seres resignados que enfrentam intempéries e seguem resistindo, vergam-se com os ventos, mas não se entregam e, indiferentes a tudo, espalham suas sementes e renascem sempre. Sejamos árvores espalhando sementes do bem, como seus poemas, essa é a nossa resistência. P.S.: Morar em Cruz, na Praia do Préa e ser vizinha de Jeri é como viver na antessala do paraíso. Boa escolha. Bem-vinda ao meu Ceará.

    ResponderExcluir

O Poesia na Alma pertence ao universo da literatura livre, como um bicho solto, sem dono e nem freios. Escandalosamente poéticos, a literatura é o ar que enche nossos pulmões, cumprindo mais que uma função social e de empoderamento; fazendo rebuliço celular e sexo com a linguagem.

Instagram: @poesianaalmabr